terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Os absurdos de um País cuja educação não tem direção

A "inclusão social" é mais do que digna. É justiça social para os portadores de determinadas deficiências que podem e teem a capacidade de desenvolver seus horizontes no mundo ainda muito obscuro do conhecimento e convivio social. Se essa "INCLUSÃO SOCIAL", não fosse só discurso e apêlo político de alguns ou melhor escada de outros motivos mesquinhos de muitos políticos - a auto-promoção . Realmente seria glorioso para esta injustiça social de muitos deficientes por todo meu País.

Mas o que me traz aqui, novamente, é a Escola Ressurreição de Simões Filho/BA, onde minha filha Deborah Maria, 20 anos, autista, estuda há cinco anos. A Secretária de Educação, deste municipio, está impondo a esta escola, algo inusitado, a "Inclusão Social" dos seus alunos, isso significa que, minha filha para continuar matriculada na Escola Ressurreição deverá também está matriculada numa escola da rede pública de ensino normal. Segundo os dirigentes da Escola Ressurreição, é uma exigência da Secretaria de Educação do município "A Inclusão Social". Mas, o contracenso é deverasmente absurdo, minha filha já faz parte desta "Inclusão Social" há cinco anos, ela esta matriculada na Escola Ressurreição "que é uma escola pública municipal para crianças especiais". Na verdade o que ela e todos que estudam nesta Escola precisam é de melhoria das condições de ensino ou seja mais investimentos em material humano e didático para atender às necessidades específicas dos seus alunos especiais.

Sra. Secretária de Educação de Simões Filho, não precisa jogar nossas crianças especiais para escolas públicas normais as quais não estam nem de longe preparadas para para recebê-los. Se a Sra. Secretária e os dirigentes deste município conhecessem mais profundamente a situação dos nossos filhos, jamais tomaria tal atitude. No caso da minha filha, Deborah Maria, a mãe a acompanha todos os dias para escola, sabe por que? Porque do nada um autista pode entrar em crise, se auto-mutilar, rasgar suas vestes, agredir, se mijar, se cagar e outras tantas situações que são imprevisíveis. Só nós pais sabemos o que é conviver com um autista. Categoricamente, falaria pra todos, que minha filha seria motivos de "BULLYING" nestas escolas públicas normais, isto não seria de jeito nenhum "Inclusão Social", mas "EXCLUSÃO SOCIAL". Minha filha não foi alfabetizada, na Escola Ressurreição, ainda, por falta de investimentos em material humano e didático. Mas, mesmo assim, com todas deficiências da escola, minha filha se sente muito feliz e se desenvolveu muito na interação com as pessoas. O mundo de Deborah se ampliou muito nestes cinco anos, a Escola Ressurreição, com todas suas limitações fêz a diferença na sua vida.

Perante, a imposição de matricular minha filha numa escola pública normal, para continuar estudando na Escola Ressurreição, diga-se de passagem um contracenso absurdo, falta total de conhecimento da situação impôsta a minha filha e a todos que estudam na Escola Ressurreição, nós pais, não iremos aceitar e vamos brigar pelos direitos de nossos filhos, suas integridades físicas e sociais. Não queremos vê-los humilhados, motivos de chacotas de terceiros e excluídos. E o mais perigoso, se minha filha numa crise agridir uma criança, de quem será a irresponsabilidade? Porque nesta altura não falarei de responsabilidades e sim de irresponsabilidades. Não vou expôr minha filha a esta situação. Vamos procurar o Ministério Público de Simões Filho, órgãos de imprensa e a sociedade simõesfilhense e lutar pelos direitos e o melhor para "NOSSAS CRIANÇAS ESPECIAIS". Inclusão sim, exclusão nunca!

Mario Augusto de Souza

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